Ao perguntar que recepção os espíritos teriam no plano espiritual após o desencarne, Kardec obteve a seguinte resposta: "a do justo, como um irmão bem-amado esperado há longo tempo; a do perverso como um ser que se enganou"[1]. Sendo o Mundo Espiritual a nossa verdadeira casa, é lá também a nossa verdadeira vida e por isso lá percebemos as coisas com outros olhos[2], damos outro valor a todas as coisas e por isso é comum o espírito enxergar que se equivocou e chegar ao arrependimento quando analisa as escolhas que fez durante a vida no corpo físico. Os Espíritos Superiores, que possuem uma noção das coisas muito mais clara que a nossa, não enxergam um espírito que fez o mau como um ser inferior, mas apenas como uma alma doente que se equivocou nas escolhas que fez, mas que Deus não desamparará[3].
Em consonância com Jesus, sabemos que cada um receberá conforme as próprias obras (Mateus, 25:31-46) e que será cobrado mais daquele que mais recebeu (Lucas, 12:47-48), mas graças aos esclarecimentos que recebemos da Doutrina Espírita sabemos que essa cobrança é feita pela própria consciência culpada[4] sem a necessidade de um juiz para apontar os pontos em que o espírito errou, pois esse juiz é a própria consciência que o segue aonde ele for. Em contraste com essa situação como é diferente a situação do justo quando chega ao mundo espiritua, como é feliz o reencontro com aqueles que o precederam[5] sem carregar nada que lhe recrimine na consciência
Tal análise nos leva a termos a consciência de que depende de nós e só de nós a forma como seremos recebidos no mundo espiritual, na Justiça Divina ninguém pode levar o fardo de ninguém nem receberá as glórias pelo trabalho do outro[6]. Ao espírito que errou resta ainda a possibilidade de reparar seus erros através de um arrependimento pró-ativo e não daquele arrependimento que pensa ganhar o céu apenas com palavras que nada dizem ao coração. Nesse ponto Kardec esclarece oportunamente:
Que Jesus abençoe a todos nós hoje e sempre, assim seja!
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Referências:
1. Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos. ed. 5. Boa Nova, 2007. Q.287.
2. _____. _____. Q. 241.
3. _____. O Céu e o Inferno. ed. 45. IDE, 2006. Cap. 7. p. 83.
4. _____. O Livro dos Espíritos. ed. 5. Boa Nova, 2007. Q. 965, 970 e 975.
5. _____._____. Q. 289, 290.
6. _____. O Céu e o Inferno. ed. 45. IDE, 2006. Cap. 7. p. 84
7. _____. _____. p. 82 (Nota de rodapé).
Em consonância com Jesus, sabemos que cada um receberá conforme as próprias obras (Mateus, 25:31-46) e que será cobrado mais daquele que mais recebeu (Lucas, 12:47-48), mas graças aos esclarecimentos que recebemos da Doutrina Espírita sabemos que essa cobrança é feita pela própria consciência culpada[4] sem a necessidade de um juiz para apontar os pontos em que o espírito errou, pois esse juiz é a própria consciência que o segue aonde ele for. Em contraste com essa situação como é diferente a situação do justo quando chega ao mundo espiritua, como é feliz o reencontro com aqueles que o precederam[5] sem carregar nada que lhe recrimine na consciência
Tal análise nos leva a termos a consciência de que depende de nós e só de nós a forma como seremos recebidos no mundo espiritual, na Justiça Divina ninguém pode levar o fardo de ninguém nem receberá as glórias pelo trabalho do outro[6]. Ao espírito que errou resta ainda a possibilidade de reparar seus erros através de um arrependimento pró-ativo e não daquele arrependimento que pensa ganhar o céu apenas com palavras que nada dizem ao coração. Nesse ponto Kardec esclarece oportunamente:
"A necessidade de reparação é um princípio de rigorosa justiça, que se pode considerar como sendo a verdadeira lei de reabilitação moral dos Espíritos. É uma doutrina que nenhuma religião ainda proclamou.
Entretanto, algumas pessoas a repelem, porque achariam mais cômodo poder apagar as suas faltas pelo simples arrependimento, que não custa senão palavras, e com a ajuda de algumas fórmulas; permita-lhes se crerem quites: verão, mais tarde, se isso lhes basta. (...)[7]"Acredito que Kardec, como sempre, esclareceu muito bem essa questão e espero que esse artigo possa ajudar a quantos tenham ainda dúvidas em relação à Justiça Divina e a chegada dos espíritos no plano espiritual. Assim meus irmãos agradeço pelo carinho e pela atenção e peço-lhes que comentem, façam críticas, tirem dúvidas e façam sugestões, pois a participação de vocês é importantíssima para o crescimento do blog.
Que Jesus abençoe a todos nós hoje e sempre, assim seja!
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Referências:
1. Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos. ed. 5. Boa Nova, 2007. Q.287.
2. _____. _____. Q. 241.
3. _____. O Céu e o Inferno. ed. 45. IDE, 2006. Cap. 7. p. 83.
4. _____. O Livro dos Espíritos. ed. 5. Boa Nova, 2007. Q. 965, 970 e 975.
5. _____._____. Q. 289, 290.
6. _____. O Céu e o Inferno. ed. 45. IDE, 2006. Cap. 7. p. 84
7. _____. _____. p. 82 (Nota de rodapé).