“Se o Espiritismo, conforme foi anunciado, tem que determinar a transformação da Humanidade, claro é que esse efeito ele só poderá produzir melhorando as massas, o que se verificará gradualmente, pouco a pouco, em conseqüência do aperfeiçoamento dos indivíduos. Que importa crer na existência dos Espíritos, se essa crença não faz que aquele que a tem se torne melhor, mais benigno e indulgente para com os seus semelhantes, mais humilde e paciente na adversidade? De que serve ao avarento ser espírita, se continua avarento; ao orgulhoso, se se conserva cheio de si; ao invejoso, se permanece dominado pela inveja? Assim, poderiam todos os homens acreditar nas manifestações dos Espíritos e a Humanidade ficar estacionária.(...)" - (Allan Kardec - O Livro dos Médiuns)
Amigos, venho trazer-lhes uma pequena reflexão sobre o objetivo do Espiritismo e sobre como nós estamos vivenciando as grandes revelações que essa admirável Doutrina nos trouxe.
O objetivo do Espiritismo é o melhoramento da humanidade através da moralização realizada por meio da compreensão dos princípios básicos da Doutrina e vivência dos princípios evangélicos ensinados por Jesus. Desse modo o conhecimento pelo conhecimento não tem valor nenhum se não for acompanhado de uma mudança real de conduta, porém infelizmente muitos companheiros de ideal espírita ainda se prendem mais ao acúmulo de conhecimento de forma estéril.
Devemos, antes de tudo, dividir o conhecimento espírita em dois grandes grupos que são os conhecimentos principais e os conhecimentos acessórios. Os conhecimentos principais decorrem dos princípios básicos da Doutrina e das Leis Morais, são eles que de fato esclarecem e estimulam uma verdadeira mudança de conduta. Os conhecimentos acessórios são apenas ilustrativos, sem nenhum grande impacto sobre a moral das pessoas e por isso deveriam ficar em segundo plano, mas não é o que acontece. O que vemos de debates sobre aeróbus, alimentação dos espíritos, colônias espirituais e outras coisas é uma grandiosidade, o problema é a real utilidade desses debates, em que esses elementos podem importar para nós? Não vejo nenhuma utilidade além de satisfazer uma vã curiosidade. Se a simples crença em qualquer dos princípios da Doutrina não muda ninguém, o que dizer então dos debates sobre questões absolutamente secundárias? Que nos empenhemos em aplicar esses conhecimentos em nossas vidas e isso sim será de real utilidade para nós e para a humanidade.
O Espiritismo não necessita desse tipo de debate onde apenas se busca a glória de mostrar quem sabe mais sobre coisa alguma, o que a Doutrina pede de nós é a vivência dos seus princípios de modo a nos melhorarmos como pessoas e espíritos imortais servindo então de exemplo aos companheiros que convivem conosco e assim sendo o “sal da Terra e a luz do mundo” a que se referiu Jesus. Que essa breve reflexão ajude-nos a buscar sempre vivermos consoante o objetivo do Espiritismo evitando sempre tudo que não nos ajude a progredir.
Um grande abraço a todos e que Jesus nos abençoe e inspire sempre!