quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Iniciando um Novo Ano



Toda vez que o ano vai chegando ao fim, parece que todos vamos manifestando cansaço maior.
Seja porque as festas se multipliquem (são formaturas, casamentos, jantares de empresas), seja porque já nos vamos preparando para as viagens de férias de logo mais.
De uma forma ou de outra, é comum se escutar as pessoas desabafarem dizendo que desejam mesmo que se acabe logo o ano.
Quem muito sofreu, deseja que ele se acabe e aguarda dias novos, de menos dores.
Quem perdeu amores, deseja que ele se acabe de vez, na ânsia de que os dias que virão consigam trazer esperanças ao coração esfacelado pelas ausências.
Quem está concluindo algum curso e deu o máximo de si, deseja que os meses que se anunciam cheguem logo, para descansar de tanto esforço.
E assim vai. Cada um vai pensando no ano que se finda no sentido de deixar algo para trás. Algo que não foi muito bom.
Naturalmente, muitos são os que veem findar os dias do ano com contentamento, pois eles lhe foram propícios. Esses, almejam que os dias futuros reprisem esses valores de alegria, de afeto, de coisas positivas.
Ano velho, ano novo. São convenções marcadas pelo calendário humano, em função dos movimentos do planeta em torno do astro rei.
Contudo, psicologicamente, também nos remetem, sim, a um estado diferente.
Como Deus nada faz, em Sua sabedoria, sem um fim útil, também assim é com a questão do tempo como o convencionamos.
Cada dia é um novo dia. A noite nos fala de repouso. A madrugada nos anuncia oportunidade renovada.
Cada ano que finda nos convida a deixarmos para trás tudo de ruim, desagradável que já vivenciamos, permitindo-nos projetar planos para o futuro próximo.
Por tudo isso, por esta ensancha que a Divindade nos permite a cada trezentos e sessenta e cinco dias, nesta Terra, pense que você pode melhorar a sua vida no ano que se anuncia.
Comece por retirar de sua casa tudo que a atravanca. Libere-se daquelas coisas que você guarda nos armários, na garagem, no fundo do quintal.
Coisas que estão ali há muito tempo, que você guarda para usar um dia. Um dia que talvez nunca chegue. Pense há quanto tempo elas estão ali: meses, anos... Esperando.
São roupas, calçados, livros, discos antigos, utensílios que você não usa há anos. Libere armários, espaços.
Coisas antigas, superadas são muito úteis em museus, para preservação da memória, da evolução da nossa História.
Doe o que possa e a quem seja mais útil.
Sinta o espaço vazio, sinta-se mais leve.
Depois, pense em quanta coisa inútil você guarda em seu coração, em sua mente.
Mágoas vividas, calúnias recebidas, mentiras que lhe roubaram a paz, traições que o deixaram doente, punhais amigos que lhe rasgaram as carnes da alma...
Alije tudo de si. Mentalmente, coloque tudo em um grande invólucro e imagine-se jogando nas águas correntes de um rio caudaloso que as levará para além, para o mar do esquecimento.
Deseje para si mesmo um ano novo diferente. E comece leve, sem essa carga pesada, que lhe destrói as possibilidades de felicidade.
Comece o novo ano olhando para frente, para o alto. Estabeleça metas de felicidade e conquistas.
Você é filho de Deus e herdeiro do Seu amor, credor de felicidade.
Conquiste-a. Abandone as dores desnecessárias, pense no bem.
Mentalize as pessoas que são amigas, que o amam, lhe querem bem.
Programe-se para estar mais com elas, a fim de, fortalecido, alcançar objetivos nobres.
Comece o ano pensando em como você pode influenciar pessoas, ambientes, com sua ação positiva.
Programe-se para vencer. Programe-se para fazer ouvidos moucos aos que o desejam infelicitar e avance.
Programe-se para ser feliz. O dia surge. É ano novo. Siga para a luz, certo que com vontade firme, desejo de acertar, Jesus abençoará as suas disposições.
É ano novo. Pense novo. Pense grande. Seja feliz.

Redação do Momento Espírita.
Em 31.12.2010.
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Desejo a todos os queridos irmãos que acompanham o Blog 3ª Revelação um ano novo repleto de felicidade, de paz, de muitos aprendizados, muitas conquistas e muito amor. Que Deus abençoe a todos nós e nos proteja sempre, iluminando nossos caminhos e nos inspirando sempre a agir conforme o Evangelho nos trazido por Jesus, o Cristo de Deus.
Uma feliz e sadia festa de revellion e um ano de 2011 abençoado a todos!

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Trégua de Natal


Era noite de Natal de 1944. O menino e a mãe moravam em uma cabana na Alsácia, perto da fronteira Franco-alemã. O pai fora convocado para o Corpo de Bombeiros da Defesa Civil da cidade, que distava seis quilômetros.
Enviar o filho e a esposa para a floresta lhe tinha parecido uma boa ideia. Acreditou que ambos estariam a salvo.
Então, bateram à porta. A senhora foi abrir. Do lado de fora, como fantasmas contra as árvores cobertas de neve, estavam dois homens de capacetes de aço.
Um deles falou em uma língua estranha. Apontou para um terceiro vulto que jazia na neve.
Rapidamente, a mulher entendeu. Eram soldados americanos. Difícil dizer se eram amigos ou inimigos.
Eles estavam armados e poderiam ter forçado a entrada. No entanto, estavam ali parados, suplicando com os olhos.
Nenhum deles compreendia o alemão. Mas um deles entendia o francês.
A um sinal da mulher, entraram na casa conduzindo o ferido. O filho foi buscar neve para esfregar nos pés azuis de frio de todos eles.
O ferido estava com uma bala na coxa. Havia perdido muito sangue.
Eram três meninos grandes, de barba crescida: Gary, Fred e Mell.
Ema pediu ao filho que fosse buscar Schultz, o galo. Ela o estava guardando para quando o marido voltasse para casa. Talvez no Ano Novo. Mas agora Schultz serviria a um objetivo imediato e urgente.
Dali a pouco o aroma tentador do galo assado invadia a sala.
O menino punha a mesa quando bateram de novo à porta. Esperando encontrar mais americanos, depressa ele foi abrir.
O sangue lhe gelou nas veias. Lá estavam quatro soldados usando fardas muito conhecidas, depois de cinco anos de guerra. Eram alemães.
A pena por abrigar soldados inimigos era crime de alta traição. O garoto ficou parado, gélido, sem reação.
Ema se aproximou. Com calma nascida do pânico, ela desejou Feliz Natal.
Podemos entrar? - Perguntou o cabo alemão. Era o mais velho deles: 23 anos. Os outros tinham somente 16 anos.
Sim. - Falou Ema. E também poderão comer até esvaziar a panela. Mas temos três convidados que vocês poderão não considerar amigos.
Hoje é dia de Natal e não vai haver tiroteio. Coloquem todas as armas sobre a pilha de lenha.
Os quatro ficaram olhando para ela, indecisos.
Nesta noite única, - ela continuou - nesta noite de Natal, vamos esquecer a matança. Afinal de contas, vocês todos poderiam ser meus filhos. Hoje à noite não há inimigos.
Os soldados obedeceram. Entraram.
Os americanos também entregaram as armas, que foram parar em cima da mesma pilha de lenha.
Alemães e americanos se aglomeraram, tensos, na sala apertada.
Sem deixar de sorrir, Ema providenciou lugar para todos se sentarem.
Ela aumentou a ceia com aveia e batatas, um pão de centeio.
Um dos alemães examinou o ferido. A calma foi substituindo a desconfiança.
Com os olhos cheios de lágrimas, Ema pronunciou a oração: Senhor Jesus, Amigo e Mestre, sê nosso hóspede.
Em volta da mesa, havia lágrimas também nos olhos cansados da luta daqueles soldados. Meninos outra vez, uns da América, outros da Alemanha, todos longe dos seus lares.
No dia seguinte, eles tomaram das armas e cada grupo partiu para um rumo diferente, depois de terem se apertado as mãos em despedida.
Então, Ema entrou. Abraçada ao filho, abriu o Evangelho e leu na página da história do Natal, o nascimento de Jesus, a chegada dos magos vindos de longe.
Com o dedo ela acompanhou a última linha: ... E partiram para sua terra por outro caminho.
*   *   *
Estamos vivendo as vésperas do Natal de Jesus.
Proponhamos nosso armistício particular. Isso mesmo. Pensemos em alguém com quem nos tenhamos desentendido, magoado, ferido.
Agora é a hora de estender a mão, de perdoar, de abraçar.
Em nome de um Menino que veio pregar a paz e o amor.
Pensemos nisso! Mas pensemos agora!

Redação do Momento Espírita, com base no cap. Quatro horas, do livro Remotos cânticos de Belém, de Wallace Leal Rodrigues, ed. O clarim.
Em 21.12.2010.
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Uma bela reflxão para todos nós, que possamos fazer do Natal não apenas o 25 de Dezembro, mas tdos os dias do ano vivendo e convivendo em paz e com amor! Que Deus esteja sempre nos abençoando e Jesus nos guiando, assim seja!

domingo, 26 de dezembro de 2010

Mensagem de Natal por Chico Xavier


 
Meu amigo. Não te esqueças.
Pelo Natal do Senhor,
Abre as portas da bondade
Ao chamamento do Amor.
Reparte os bens que puderes
Às luzes da devoção.
Veste os nus. Consola os tristes,
Na festa do coração.
Mas, não te esqueças de ti,
No banquete de Jesus:
Segue-lhe o exemplo divino
De paz, de verdade e luz.
Toma um novo compromisso
Na alegria do Natal,
Pois o esforço de si mesmo
É a senda de cada qual.
Sofres? Espera e confia.
Não te furtes de lembrar
Que somente a dor do mundo
Nos pode regenerar.
Foste traído? Perdoa.
Esquece o mal pelo bem.
Deus é a Suprema Justiça.
Não deves julgar ninguém.
Esperas bens neste mundo?
Acalma o teu coração.
Às vezes, ao fim da estrada,
Há fel e desilusão.
Não tiveste recompensas?
Guarda este ensino de cor:
Ter dons de fazer o bem
É a recompensa melhor.
Queres esmolas do Céu?
Não te fartes de saber teus,
Que o Senhor guarda o quinhão
Que venhas a merecer.
Desesperaste? Recorda,
Nas sombras dos dias teus,
Que não puseste a esperança
Nas luzes do amor de Deus.
Natal!... Lembrança divina
Sobre o terreno escarcéu...
Conchega-te aos pobrezinhos
Que são eleitos do Céu.
- Mas, ouve, irmão! Vai mais longe
Na exaltação do Senhor:
Vê se já tens a humildade,
A seiva eterna do amor.
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Médium: Chico Xavier
Espírito: Casimiro Cunha

sábado, 25 de dezembro de 2010

Mensagem de Natal

Nascimento de Jesus.



Mais um Natal chega e devemos nos perguntar: o que significa o Natal para mim? Será que o Natal para mim é a época dos presentes, das confraternizações e da fartura na mesa ou será que é a época de repensar a importância da mensagem de Jesus e o que temos feito com ela? Na verdade é uma época para as duas coisas, presentes, estar com quem a gente gosta, e boa comida não é proibido, o que devemos prestar atenção é que a balança não deve pesar só para esse lado, precisamos, antes de tudo, buscarmos o alimento do espírito, a vivência do Evangelho de Jesus dentro de nossas capacidades.

Que neste Natal tenhamos tempo para a diversão, mas também para a reflexão saudável que nos leve ao crescimento pessoal e espiritual.

Rogo a Deus as bençãos para todos nós, um Natal de muita paz e inspiração e um ano novo repleto de aprendizados e de amor.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Mundo Espiritual: Justiça e Características

Imagem do Filme Nosso Lar.
Colônia Nosso Lar - Descrita no Livro de mesmo nome.

Imagem do Filme Nosso Lar.
Umbral - Região de entrada no Mundo Espiritual com áreas de sofrimento como essa, onde espíritos inferiores ficam por sintonia. Ps. Nem Todo Umbral é assim, cada um tem a região de entreda conforme seu nível evolutivo.

 Uma questão que sempre acompanhou a humanidade era a existência ou não de vida após a morte. Todas as religiões falam dela, mas nunca foram além disso e como cada uma a pintava de uma forma diferente criou-se mais dúvida que convicção nas pessoas. Na metade do século XIX essa realidade mudou de forma definitiva, a Doutrina Espírita não só falava dessa outra vida, mas fornecia provas irrecusáveis fornecidas pelos próprios habitantes deste outro mundo: os espíritos. Muitos pensam que a Doutrina Espírita criou os espíritos, a mediunidade e o mundo espiritual, porém enganam-se já que foram os próprios espíritos que vieram falar de sua existência, da possibilidade de conversarem conosco e da vida deles no mundo espiritual. Mas então surge uma questão: como é esse mundo?

Segundo os próprios espíritos o mundo espiritual é o mundo primitivo, é a nossa casa de verdade e isso tem uma importância fundamental. Nós somos espíritos usando corpos humanos e não corpos com um espírito como é comum ouvirmos alguém falar: “meu espírito”. Ora eu sou um espírito, logo não tenho um, o que tenho é um corpo cujo qual utilizo para cumprir minha missão na Terra. Feito esse esclarecimento voltemos ao mundo espiritual. Sendo o mundo primitivo o mundo espiritual é o mundo verdadeiro, é lá onde, como espíritos que somos, nos encontramos em total posse dos conhecimentos, capacidade, defeitos e qualidades que possuímos na realidade, digo na realidade porque na Terra podemos passar imagens falsas sobre quem somos para os outros e até para nós, mas lá não podemos até não querermos ver nossos defeitos, mas eles estão lá e uma hora surgirão pedindo que avancemos para nos melhorarmos.

Sendo o mundo espiritual nossa casa de verdade, como é a vida lá? A vida no mundo espiritual varia ao infinito de acordo com o nível de evolução dos espíritos, suas capacidades, seus interesses e etc. Por exemplo, um espírito de um nível elevado terá ocupações condizentes com sua evolução, então trabalhará sempre em atividades dignas e que tenham por objetivo o bem dele e dos outros. Sim existe trabalho lá e muito mais que na Terra! A obra de Deus jamais se encontra estacionária!
Outro espírito mais inferior também terá ocupações de acordo com seu nível evolutivo e pode desde ficar em casa se intrometendo nos assuntos domésticos (por causa do apego que alimenta) até viver fazendo o mau se for muito inferior, mas estes também se tornarão bons, Deus quer e nenhuma ovelha se perderá!
No Mundo Espiritual existem diversas regiões onde espíritos afins se encontram e entretem os princípios que os une. Os bons vivem em colônias, postos de socorro ou outras regiões superiores onde prevalece o bem, não são perfeitos, mas estão caminhando nessa direção. Os inferiores vivem em regiões de sofrimento ou junto aos familiares, companheiros de vícios e etc.

Os títulos ou as moedas da Terra valem lá? sim, existe uma moeda aceita lá e muito aceita, sua cotação está sempre em alta, é a caridade, mas a caridade verdadeira feita com amor e desinteresse, essa é a única moeda aceita no mundo espiritual, já quanto aos títulos nenhum título terreno possui valor qualquer lá, o maior lá é o que mais serviu aqui, ou seja, que mais foi caridoso para com o próximo amando-o como a si mesmo e a Deus sobre todas as coisas como nos exemplificou Jesus.

Qual a religião que nos garante um melhor lugar nesse mundo? Pela resposta anterior fica fácil saber a resposta à última questão, é isso mesmo que você está pensando: religião nenhuma garante um bom lugar no mundo dos espíritos, pelo menos não por si só. Não é a religião que nos “salva”, mas nossos bons atos e por isso pessoas de todas as religiões podem conseguir um lugar bom no mundo dos espíritos, Deus colocou ao alcance de todos, até mesmo dos sem religião, mas dentre todas o Espiritismo tem uma diferença, uma vantagem, trazendo o Evangelho de Jesus e nos explicando tudo que ele tinha deixado em aberto o Espiritismo nos dá um guia seguro para nossa conduta moral, ao mesmo tempo que nos traz os depoimentos daqueles que já partiram que nos dizem como está suas vidas no mundo espiritual e a causa de sua felicidade ou infelicidade.

Sendo assim meus irmãos vemos que o Mundo Espiritual é todo um universo de vida, de trabalho, de esforço, de evolução onde vemos transbordar o amor de Deus a todos os seus filhos, inclusive os que perseveram no mal, pois estes também serão bons e Deus, nosso Pai de Amor e Misericórdia, os espera como ao filho pródigo da parábola, mas por ser também um Pai de Justiça espera que eles mesmos tenham a iniciativa de procurá-lO e enquanto isso encontram, no Mundo Espiritual, a colheita do que plantaram e vivem em regiões condizentes com suas tendências. Um grande abraço a todos e que Deus nos abençoe sempre e nos inspire a nos tornarmos cada vez melhor.


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domingo, 21 de novembro de 2010

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Mascote do Twitter.


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quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Mediunidade: Dom Natural, Presente de Deus.

Chico Xavier psicografando.


Um equívoco muito comum que as pessoas cometem é acreditarem que o Espiritismo inventou a mediunidade. Ledo engano, a mediunidade é uma faculdade inerente ao organismo humano e por isso é uma coisa natural que existe desde quando existe a humanidade. Corroborando esse conceito e ampliando a noção de mediunidade Kardec nos diz que "todo aquele que sente num grau qualquer a influência dos espíritos é, por assim dizer, médium", chamamos a atenção para que embora todos sejamos mais ou menos médiuns, pois sempre estamos sujeitos à receber a influência dos espíritos, é comum chamarmos médiuns aénas aquelas pessoas que possuem essa faculdade de forma mais ostensiva. Mas o que significa ser médium? A palavra médium significa meio, intermediário, assim o médium é o meio, o intermediário pelo qual os espíritos se comunicam conosco assim como o ar é o meio pelo qual nossos sons chegam aos ouvidos de alguém.

Sendo a mediunidade uma faculdade natural ela está em todas as pessoas e por isso sua manifestação ostensiva se apresenta em pessoas de qualquer sexo, idade, etnia, religião e condição moral. Aqui chegamos em um ponto importante que é sabermos que a mediunidade está em pessoas com vida moral digna ou não e isso tem um propósito. Deus em Sua sabedoria infinita deu aos homens a mediunidade como forma de provar-lhes a existência da vida após a vida e como meio de os ajudar a melhorar, pois com as lições que ele escuta dos espíritos passa a ter meios de se melhorar e daí a utilidade da mediunidade ser dada a pessoas com uma moral equivocada, é para que possam se melhorar, mas a responsabilidade do uso dessa faculdade cabe a elas e lhes será pedido conforme lhes foi dado.

Conforme já explicado a mediunidade tem mais que uma função fisiológica, tem uma função Divina, pois nos foi dada por Deus para nos dar certeza da sobrevivência da alma após a vida física e principalmente para que os espíritos possam nos aconselhar, baseados no Evangelho de Jesus, os caminhos que devemos seguir para sermos verdadeiramente felizes e cumprirmos nosso destino de alcançarmos nossa perfeição relativa. Desse modo estudar a mediunidade sem entendê-la como uma faculdade natural no ser humano e como um presente de Deus é olhá-la de forma incompleta e por isso mesmo errônea. Para os amigos que desejarem informações mais detalhadas sobre a mediunidade aconselho e leitura de O Livro dos médiuns de Allan Kardec, livro que trata a fundo da mediunidade em todos os seus pormenores, e para aqueles que desejarem ver na prática o que a mediunidade pode fazer pelas pessoas e pelo médium vejam o exemplo de Chico Xavier (foto), trabalhador incansável da mediunidade baseada nos ensinos de Jesus e nos esclarecimentos trazidos pelos Espíritos Superiores a Allan Kardec.

Para maiores esclarecimentos sobre mediunidade leia o livro "O Livro dos Médiuns"  de Allan Kardec, disponível para download em: www.autoresespiritasclassicos.com


Desejo a todos muita paz, muita felicidade e que Deus nos abençoe sempre nos inspirando no exemplo de Jesus.

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Ps3. Conforme prometido, no próximo post do blog irei tratar do tema "Mundo Espiritual" , por isso aguardem!

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Resultado da Enquete



Durante as últimas semanas foi realizada uma enquete com temas que os leitores gostariam de ver tratados aqui no Blog 3ª Revelação. Como houve um empate no resultado entre dois assuntos, irei tratar dos dois que são Mediunidade e Mundo Espiritual. Por isso aguardem, em breve os dois temas estarão presentes no blog.

Um abraço a todos e que Deus nos abençoe sempre!

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Quem Tem Medo da Morte?

Homem alegre vendo o pôr-do-sol.


Embora seja a única certeza da vida o ser humano jamais conseguiu compreender a morte de forma clara e a incerteza do porvir é mais um fator a gerar inquietação, dúvidas, medo. Ora, só se teme aquilo que se desconhece, logo, assim que passamos a conhecer e compreendemos deixamos de temer. Assim acontece com a morte que para maioria das pessoas ainda inspira medo, até mesmo pavor, mas não passa de algo natural. As religiões têm sua parcela de culpa nesse aspecto, pois não preparam seus adeptos para a morte, nem própria nem dos outros, e ainda os amedronta em relação ao que vêm depois dela, nesse aspecto vejamos o que os espíritos nos dizem:

941 – O receio da morte é para muitas pessoas uma causa de perplexidade; de onde vem esse temor, uma vez que elas têm diante de si o futuro?
- É errado que tenham esse temor; todavia, que queres tu! Se procura as persuadir, em sua juventude, de que há um inferno e um paraíso, mas que é mais certo que elas irão para o inferno, porque lhe dizem que, o que está na Natureza, é um pecado mortal para a alma. Então, quando se tornam grandes, se têm um pouco de julgamento, não podem admitir isso e se tornam atéias ou materialistas; é assim que as levam a crer que, fora da vida presente, não há mais nada. Quanto às que persistiram em suas crenças da infância, elas temem esse fogo eterno que as deve queimar, sem as destruir. (...)1

Para o Espírita a morte não é senão mais uma etapa da vida, a passagem do plano material para o plano espiritual que é nossa verdadeira “casa” e que antes deve ser vista com alegria pelo ser que se liberta, que cumpriu sua missão, ao invés de uma tristeza que o atormenta e que não encontra consolo nas outras doutrinas. Como diz Kardec: “a Doutrina Espírita muda completamente a maneira de encarar o mundo. A vida futura não é mais uma hipótese, mas uma realidade”2. O Espírita que enxerga tudo de mais alto sabe que a morte não é um adeus e sim um até breve, pois todos se reencontrarão no outro plano e antes mesmo disso aquele que fez a viagem primeiro estará acompanhando os que ficaram para atrás até o dia do grande reencontro ajudando-os e fortalecendo-os nessa interconexão ininterrupta entre os dois planos como nos diz Kardec:
(...) Depois, em lugar de estarem perdidos nas profundezas do espaço, eles estão ao nosso redor; o mundo corporal e o mundo espiritual estão em perpétuas relações, e se assistem mutuamente. (...)3

Assim vemos o quanto a Doutrina Espírita nos esclarece sobre a morte e a vida após a morte e esse esclarecimento não se baseia em achismos, mas é “um resultado da observação. (...) o mundo espiritual nos aparece em toda a sua realidade prática; não são os homens que o descobrem pelo esforço de uma concepção engenhosa, mas são os próprios habitantes desse mundo que nos vêm descrever a sua situação”4.

Para os amigos que queiram mais amplos conhecimentos sobre o assunto recomendo a leitura de “O Livro dos Espíritos” e "O Céu e o Inferno" de Allan Kardec e “Quem tem medo da morte?” de Richard Simonetti. Um grande abraço a todos e que Deus nos abençoe sempre.
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Referências:
1. Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos. ed. 5. Boa Nova, 2007. Q.941.
2. _____. O Céu e o Inferno. ed. 45. IDE, 2006. Cap. 2. P. 22. Item 10.
3. _____. _____.
4. _____. _____.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Ser Espírita, Ser Cristão


Mártires e leões no coliseu de Roma.


Na atualidade convivemos com uma turbulência social e natural muito grande. Na televisão, no rádio e na internet é comum vermos os debates acerca de temas palpitantes, mas que geram mais temor nas pessoas que qualquer outro sentimento. Em uma sociedade que se habituou a ser passiva, a esperar sempre que a solução venha dos outros, e isso ocorre mesmo nas religiões, fica difícil alguma perspectiva de mudança no curto prazo, pois os abalos da vida vêm, mas as pessoas voltam ao comodismo e ao marasmo de antes na enganosa utopia de que os problemas acontecem apenas com os outros.

Nesse contexto a mensagem de Jesus continua cada vez mais atual e necessária as nossas vidas e seu chamado se faz cada vez mais forte à nossa consciência quando nos diz: “vois sois o sal da terra e a luz do mundo” (Mateus 5:13-14). O Cristão nunca deve esquecer que o conhecimento do evangelho não é um artigo egoísta apenas para a própria salvação, mas uma concessão que Deus nos deu para que pudéssemos reparar nossos erros ajudando nossos irmãos. O Espírita, aliás, tem mais obrigações, pois conhece a Lei de Amor e Caridade trazida por Jesus e relembrada e esclarecida pelos Espíritos Superiores e que deve ser nossa bússola, nossa regra de vida para conosco e para com o outro, pois como Jesus disse “Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vai ao Pai senão por mim” (João 14:6) e se não se pode chegar a Deus sem a vivência do evangelho, também não se pode chegar à vivência do evangelho sem a caridade para com o próximo.

Necessário se faz então que o Cristão, o Espírita vença essa barreira da inércia que o mantém espiritualmente paralisado e consiga chegar ao outro, ao próximo, que faça a diferença na vida de alguém e se torne assim o sal que tempera a terra e a luz que ilumina as trevas do mundo vivenciando o evangelho que Jesus nos legou a mais de dois mil anos e que até hoje tão pouco conhecemos e menos ainda vivenciamos. Hoje o martírio não mais ocorre nos circos da tirania romana, mas na censura e no desencorajamento de uma sociedade materialista e desumana e nos corações congelados pelo orgulho e o egoísmo que vêem em Deus apenas um fornecedor de bens temporais que olha apenas pelos que o adoram de tal modo em detrimento dos que o adoram de tal outro. O Espírita que conhece melhor que ninguém a Justiça Divina, que a ninguém desampara, sabe da necessidade de vivermos o evangelho em cada ato de nossa vida, sabe que a caridade deve ser sempre a nossa regra de conduta e sabe que depende de nós tornar o mundo um lugar melhor começando dentro de nós e espalhando ao nosso redor como sal da terra e luz do mundo.

Que Jesus abençoe a todos nós e que possa nos inspirar sempre a agirmos conforme a Boa Nova que ele nos trouxe, assim seja!

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Chegada ao Mundo Espiritual - A Colheita

Ponte no céu.

Ao perguntar que recepção os espíritos teriam no plano espiritual após o desencarne, Kardec obteve a seguinte resposta: "a do justo, como um irmão bem-amado esperado há longo tempo; a do perverso como um ser que se enganou"[1]. Sendo o Mundo Espiritual a nossa verdadeira casa, é lá também a nossa verdadeira vida e por isso lá percebemos as coisas com outros olhos[2], damos outro valor a todas as coisas e por isso é comum o espírito enxergar que se equivocou e chegar ao arrependimento quando analisa as escolhas que fez durante a vida no corpo físico. Os Espíritos Superiores, que possuem uma noção das coisas muito mais clara que a nossa, não enxergam um espírito que fez o mau como um ser inferior, mas apenas como uma alma doente que se equivocou nas escolhas que fez, mas que Deus não desamparará[3].


Em consonância com Jesus, sabemos que cada um receberá conforme as próprias obras (Mateus, 25:31-46) e que será cobrado mais daquele que mais recebeu (Lucas, 12:47-48), mas graças aos esclarecimentos que recebemos da Doutrina Espírita sabemos que essa cobrança é feita pela própria consciência culpada[4] sem a necessidade de um juiz para apontar os pontos em que o espírito errou, pois esse juiz é a própria consciência que o segue aonde ele for. Em contraste com essa situação como é diferente a situação do justo quando chega ao mundo espiritua, como é feliz o reencontro com aqueles que o precederam[5] sem  carregar nada que lhe recrimine na consciência

Tal análise nos leva a termos a consciência de que depende de nós e só de nós a forma como seremos recebidos no mundo espiritual, na Justiça Divina ninguém pode levar o fardo de ninguém nem receberá as glórias pelo trabalho do outro[6]. Ao espírito que errou resta ainda a possibilidade de reparar seus erros através de um arrependimento pró-ativo e não daquele arrependimento que pensa ganhar o céu apenas com palavras que nada dizem ao coração. Nesse ponto Kardec esclarece oportunamente:
"A necessidade de reparação é um princípio de rigorosa justiça, que se pode considerar como sendo a verdadeira lei de reabilitação moral dos Espíritos. É uma doutrina que nenhuma religião ainda proclamou.
Entretanto, algumas pessoas a repelem, porque achariam mais cômodo poder apagar as suas faltas pelo simples arrependimento, que não custa senão palavras, e com a ajuda de algumas fórmulas; permita-lhes se crerem quites: verão, mais tarde, se isso lhes basta. (...)[7]"
Acredito que Kardec, como sempre, esclareceu muito bem essa questão e espero que esse artigo possa ajudar a quantos tenham ainda dúvidas em relação à Justiça Divina e a chegada dos espíritos no plano espiritual. Assim meus irmãos agradeço pelo carinho e pela atenção e peço-lhes que comentem, façam críticas, tirem dúvidas e façam sugestões, pois a participação de vocês é importantíssima para o crescimento do blog.

Que Jesus abençoe a todos nós hoje e sempre, assim seja!


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Referências:

1. Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos. ed. 5. Boa Nova, 2007. Q.287.
2. _____. _____. Q. 241.
3. _____. O Céu e o Inferno. ed. 45. IDE, 2006. Cap. 7. p. 83.
4. _____. O Livro dos Espíritos. ed. 5. Boa Nova, 2007. Q. 965, 970 e 975.
5. _____._____. Q. 289, 290.
6. _____. O Céu e o Inferno. ed. 45. IDE, 2006. Cap. 7. p. 84
7. _____. _____. p. 82 (Nota de rodapé).

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Causas das Aflições

Mulher triste na chuva.
“[...]Se Deus é soberanamente bom e justo, não pode agir por capricho nem com parcialidade. As contrariedades da vida têm, pois, uma causa e, uma vez que Deus é justo, essa causa deve ser justa. [...]”. (O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. 5, item 3)