segunda-feira, 27 de junho de 2011

Esforço Próprio

espiritismo, transição, planetária, esforço


“Não é com as leis que se decreta a caridade e a fraternidade; se elas não estão no coração, o egoísmo as sufocará sempre [...].” – Allan Kardec1

O ser humano, embora o progresso já realizado, ainda muito se utiliza de diversas artimanhas para fugir ao compromisso de trazer o Reino de Deus à Terra. Criou-se uma cultura de esperar que “caia do céu”, de esperar que o outro faça quando esse dever é de cada um. Vemos religiosos que, para fugirem ao compromisso da fundação do Reino de Deus na Terra, se prendem dentro do seu sectarismo ansiando pela mudança mágica para paraíso fictício esperando por uma premiação que muitas vezes não fez por merecer. Outros acreditam que simples rituais podem levá-los ao paraíso eterno que nada fizeram por merecer. Até mesmo alguns espíritas falam muito em período de transição, mas o que estão fazendo para que essa transição de fato ocorra? Estão na vanguarda da mudança interior para melhor ou caminharão como bois tangidos pela força das circunstâncias? Esperam realmente desfrutar dos louros do esforço de outrem? Pois não irão, a Lei de Deus é a lei do “a cada um segundo suas obras”2.

A mudança real e coletiva do planeta para melhor passa pela mudança individual de cada um, é com cada um fazendo sua parte que realmente a mudança acontece. Culpar as autoridades, o vizinho, a família ou Deus não são argumentos plausíveis, pois cada um presta contas à própria consciência e esta só cobrará aquilo que dependia de você realizar. Kardec foi muito sábio quando disse que as leis não decretam a caridade e a fraternidade, pois estas devem vir de dentro do homem para fora e não de fora, através de leis, para dentro, pois o que vem de fora cuida da aparência, mas não da essência e assim a essência egoísta as sufocará. Não adianta esperar que as mudanças partam do exterior, pois este não nos mudará, a mudança real parte de dentro, pois “o Reino de Deus está dentro de vós.”3

Dessa forma meus irmãos, não caiam na ilusão de esperar que as mudanças partam de outras pessoas, pois cada um receberá e será cobrado segundo suas obras e a mudança do todo depende de cada uma de suas partes, de cada um de nós. Fazer da Terra um lugar melhor é obrigação nossa, não esperemos que outros o façam, pois para ela voltaremos e colheremos os frutos do que tivermos plantado.


Referências:
1. O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XXV, ítem 8.
2. Romanos 2:6.
3. Lucas 17:20-21.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Quitação

espiritismo, justiça, divina, emmanuel, chico, xavier, família

Todas as contas a resgatar pedem relação direta entre credores e devedores.


É por isso que te vês, freqüentemente, na Terra, diante daqueles a quem deves algo.


No lar ou nas linhas que o margeiam, é fácil reconhecê-los, quando entregas desinteresse e dedicação, recolhendo aspereza e indiferença.


Muitas vezes, trazem nomes queridos no recinto doméstico, e assemelham-se a impassíveis verdugos, apresando-te o coração nas grades do sofrimento.


Em muitos lances da estrada, são amigos a quem te dás, sem reserva, e que te arrastam a dificuldades de longo curso.


Em várias ocasiões, são pessoas das quais enxugaste as lágrimas, situando-as na intimidade da própria vida, e que, de inesperado, te agridem a confiança com as pedras do desapreço.


Noutras circunstâncias, são companheiros de experiência que, de súbito, se transformaram em adversários gratuitos de teu caminho, hostilizando-te, em toda parte.


Entretanto, se defrontado por semelhantes problemas, é indispensável te municies de amor e paciência, tolerância e serenidade, para desfazeres a trama da incompreensão.


Guarda a consciência no dever lealmente cumprido e, haja o que houver, releva os golpes com que te firam, ofertando-lhes o melhor sentimento, a melhor idéia, a melhor palavra e a melhor atitude.


Água cristalina, pingando, gota a gota, converte o vaso de vinagre em vaso de água pura.


E, se depois de todos os teus gestos de fraternidade e benevolência, ainda te perseguem ou te injuriam, abençoa-os em prece e continua, adiante, fiel a ti mesmo, na certeza de que humildade, na hora de crise, é nota de quitação.
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Emmanuel através da psicografia de Francisco Cândido Xavier no livro “Justiça Divina” disponível para download no seguinte link: http://virou.gr/jmiefB