domingo, 3 de junho de 2012

O Aborto de Anencéfalos e o Respeito a Vida



É imprescindível termos sempre em mente que nós somos Espíritos habitando temporariamente corpos  físicos, carnais condizentes com nossas necessidades espirituais. Embora isso possa parecer óbvio para alguns o grande problema consiste na vivência desse conhecimento, pois o mais comum é afirmarmos uma coisa e vivermos de outra forma.

Já imaginou se você precisasse de uma cirurgia para continuar vivendo e quando você fosse entrando na sala de operações a sua família te proibisse de entrar apor achar que iam sofrer muito com sua cirurgia, que você poderia não voltar ou qualquer outro motivo egoísta? O que você pensaria? Pois é bem isso o que ocorre com os Espíritos que nascem em carpos com anencefalia, estão entrando na "cirurgia" da vida necessária para sua saúde como Espírito, o problema consiste em quando os pais e a família entravam esse processo por egoísmo tirando desse Espírito a experiência que lhe é necessária. Pior que isso é saber que os pais, na grande maioria das vezes, possuem alguma ligação e responsabilidade com o que fez esse Espírito chegar a ficar nesse estado o Espírito não está nascendo por eles por simples acaso, mas no momento do apoio, da reparação eles fogem e atrasam algo que pode ser postergado, mas não cancelado, as Leis da vida irão mais hora menos hora cobrar a devida reparação de todos os envolvidos na história.

Abortar, além de um assassinato, é tirar de um espírito a oportunidade de passar pelas situações que sua necessidade espiritual exige, é colocar o egoísmo na frente do bem do próximo e de certa forma de todos os envolvidos e toda vez que agimos contra a Lei Divina estamos nos comprometendo com ela. Pode parecer efêmero para nós que um Espírito venha viver apenas algumas horas, dias ou meses, mas para ele esse tempo é de extrema importância e por isso devemos apoiá-lo enquanto estiver sobre nossos cuidados. Essa vida muitas vezes é a oportunidade de o Espírito ir reajustando seu corpo espiritual (perispírito), muitas vezes atingido em erros pregressos, é como uma cirurgia plástica que lhe permitirá reparar os estragos eitos anteriormente em si mesmo.

Deixo a vocês meus irmãos essas informações para que possam refletir a respeito da importância do direito à vida seja lá em que circunstâncias ela se manifeste. Que Deus nos inspire sempre a sabedoria de respeitarmos a vida e o bem acima de qualquer atitude egoísta.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

O Aborto de Anencéfalos e o STF



Amigos venho através deste curto post reforçar a posição da Doutrina Espírita contra o aborto seja ele qual for, excetuando o caso em que ponha a vida da mãe em risco. O assunto já foi tratado aqui antes no post chamado "O Espiritismo e o Aborto" onde o assunto foi mais bem detalhado, o objetivo do post atual é alertar quanto ao erro da decisão do STF quando liberou o aborto de crianças com anencefalia.


Existe um vídeo, quem quiser comprá-lo eu recomendo, da Dra. Marlene Nobre onde ela explica que o termo anencefalia é incorreto, pois essas crianças possuem cérebro, apenas não o tem completo. E o principal, esses espíritos necessitam dessa experiência independente do tempo que durem, será de muita importância para o reequilíbrio de seus corpos espirituais (perispírito) portanto eles precisam nascer, precisam receber amor e o aborto anula tudo isso. O nome do DVD é "Medicina, Espiritismo e questões bioéticas". Prometo fazer um post detalhando mais o assunto do aborto dos anencéfalos para que fique mais claro o motivo desse ato ser tão errado.

Lembremos que nem sempre o que é legal, segundo a lei, é moral.

domingo, 25 de março de 2012

A Salvação de Zaqueu


Salvação, Zaqueu, Arrependimento, Reparação

“Entretanto, Zaqueu, pondo-se diante do Senhor, lhe disse: Senhor, dou a metade dos meus bens aos pobres e, se causei dano a alguém, seja no que for, indenizo-o com quatro tantos. – Ao que Jesus lhe disse: Esta casa recebeu hoje a salvação, porque também este é filho de Abraão; – visto que o Filho do homem veio para procurar e salvar o que estava perdido”. (LUCAS, 19:1 a 10.)

Nos meios religiosos tradicionais a questão da salvação é muito falada, mas pouco compreendida. Pregam fórmulas diversas de alcançá-la, mas essas fórmulas são irracionais e, mesmo na Bíblia, constantemente se encontram passagens que parecem desmenti-las, ou pelo menos, mostrar que não são como as religiões normalmente pregam quando se apegam excessivamente à letra. Mesmo no meio espírita, onde não existe a figura da salvação, pois sabemos que todos os Espíritos chegarão à felicidade e à perfeição, é importante essa questão para entender o que Jesus chamou de salvação e o que ela representa.

A passagem de Zaqueu é extremamente interessante e esclarecedora nesse sentido, pois nela encontramos a questão da salvação em sua forma mais simples e natural, sem rituais, sem fórmulas, apenas a essência. Não vemos nessa passagem a figura do batismo, o “se entregar a Jesus”, nada senão o arrependimento mais sincero possível, que veio sem necessidade de ritos exteriores, mas com o mesmo efeito benéfico. Note-se que o arrependimento não foi infrutífero, não foi apenas o dizer que se arrepende, isso não é arrependimento, mas Zaqueu teve o arrependimento verdadeiro, pois veio junto com o sentimento da necessidade de reparação do mau cometido e mais ainda, pois também lhe incentivou o desapego ao doar parte de seus bens para os pobres.

Zaqueu nos deu em uma passagem a lição do verdadeiro arrependimento, do verdadeiro desapego e da verdadeira salvação, não aquela que vem de graça através de rituais, mas aquela que vem do coração, aquela que muda o rumo de uma vida para bem, que salva o que estava perecendo, aí o sentido de reparação. 


domingo, 29 de janeiro de 2012

Reflexões sobre a caridade

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Antes de tudo, quero pedir licença aos leitores do Blog 3ª Revelação para nesse assunto colocar uma opinião pessoal minha, por esse motivo o conteúdo deste post é de minha inteira responsabilidade e não reflete, necessariamente, a opinião da Doutrina Espírita.

Penso ser relevante divulgar essa reflexão, pois vejo que é muito comum as pessoas se confundirem sobre o que é caridade e como praticá-la. Em “O Evangelho Segundo o Espiritismo” Allan Kardec define, didaticamente, a caridade em moral e material. A primeira compreende, em resumo, a vivência da moral ensinada por Jesus, ou seja, amar os inimigos, honrar pai e mãe, fazer aos outros o que desejamos que nos seja feito. A caridade material se restringe à beneficência e por isso, como muito bem percebeu Kardec, é a mais fácil de fazer e ainda assim, normalmente, é feita de forma equivocada.

A reflexão que fiz me levou a conclusão, óbvia pra mim, de que toda caridade bem feita, inclusive a chamada caridade material, é antes de tudo caridade moral. Vejamos o motivo: a caridade material, quando feita da forma ideal, é uma consequência inevitável da caridade moral. Podemos colocar um exemplo simples:

Estamos em um restaurante com nossa família e alguém se aproxima e nos pede comida. Se nos colocarmos no lugar dessa pessoa e imaginarmos o que gostaríamos que nos fizessem na mesma situação com certeza isso geraria um sentimento de empatia e piedade que automaticamente nos levaria a dar a ajuda pedida.

Através do exemplo vemos que a caridade moral, quando bem compreendida e feita, leva-nos automaticamente à caridade material, ou seja, o ato ou a ajuda material nada mais é do que uma ação decorrente da caridade moral. A dificuldade da questão está em se fazer a reflexão moral que nos leva a ação, pois o mais comum é darmos a esmola, a comida ou outra coisa apenas com o intuito de nos "livrarmos" da pessoa ou da situação, então nesse caso não existe nem caridade moral nem consequentemente caridade material.

O mesmo princípio nós encontramos na fala de alguns que dizem que como a caridade moral é difícil de fazer eles estão se “exercitando” na material, mas conforme a reflexão que fiz temos das duas uma: ou eles estão fazendo a caridade moral e material juntas e não sabem, ou não estão fazendo nenhuma e ficam se iludindo, pois só existirá verdadeira caridade material quando esta for consequência da caridade moral, já que a caridade moral pode existir sem a caridade material, mas a caridade material sem a caridade moral não é caridade.

Vamos refletir sobre isso? Que tipo de caridade estamos fazendo?

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Qualidades da Prece

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O ano de 2012 está começando e passado o final de 2011 muita gente ainda faz planos para o ano que se inicia e dentro dos planos inúmeras preces são feitas a Deus para ajudar na realização desses sonhos, mas como podemos medir a qualidade de nossas preces? Estamos pedindo algo útil ou fútil?

Kardec em "O Evangelho Segundo o Espiritismo" dedicou um capítulo inteiro sobre a prece e iniciou este exatamente por um texto chamado "Qualidades da Prece" onde através dos ensinamentos de Jesus Kardec nos mostra quais as principais qualidades da prece.

Jesus nos deixou inúmeros ensinamentos quanto a prece entre eles podemos destacar:

Quando orardes, não vos assemelheis aos hipócritas, que, afetadamente, oram de pé nas sinagogas e nos cantos das ruas para serem vistos pelos homens. – Digo-vos, em verdade, que eles já receberam sua recompensa. – Quando quiserdes orar, entrai para o vosso quarto e, fechada a porta, orai a vosso Pai em secreto; e vosso Pai, que vê o que se passa em secreto, vos dará a recompensa. Não cuideis de pedir muito nas vossas preces, como fazem os pagãos, os quais imaginam que pela multiplicidade das palavras é que serão atendidos. Não vós torneis semelhantes a eles, porque vosso Pai sabe do que é que tendes necessidade, antes que lho peçais. (MATEUS, 6:5 a 8.)
Quando vos aprestardes para orar, se tiverdes qualquer coisa contra alguém, perdoai-lhe, a fim de que vosso Pai, que está nos céus, também vos perdoe os vossos pecados. – Se não perdoardes, vosso Pai, que está nos ceús, também não vos perdoará os pecados. (MARCOS, 11:25 e 26.)
Também disse esta parábola a alguns que punham a sua confiança em si mesmos, como sendo justos, e desprezavam os outros: Dois homens subiram ao templo para orar; um era fariseu, publicano o outro. – O fariseu, conservando- se de pé, orava assim, consigo mesmo: Meu Deus, rendo-vos graças por não ser como os outros homens, que são ladrões, injustos e adúlteros, nem mesmo como esse publicano. Jejuo duas vezes na semana; dou o dízimo de tudo o que possuo.
O publicano, ao contrário, conservando-se afastado, não ousava, sequer, erguer os olhos ao céu; mas, batia no peito, dizendo: Meu Deus, tem piedade de mim, que sou um pecador. Declaro-vos que este voltou para a sua casa, justificado, e o outro não; porquanto, aquele que se eleva será rebaixado e aquele que se humilha será elevado. (LUCAS, 18:9 a 14.)
Com base nestes ensinamentos Kardec destaca que a prece deve ter as seguintes qualidades:
  • Não se por em evidência ao orar, mas fazer a prece em segredo. Esse ensinamento corrobora com aquele que manda a mão esquerda não saber o que dá a direita;
  • Não achar que por orar muito a prece terá mais efeito, o efeito está na sinceridade do pensamento e não na quantidade ou beleza das palavras;
  • Antes da oração se tiver algo contra alguém perdoe primeiro, pois a prece é mais forte quando parte de um coração puro;
  • Orar com humildade não apenas em relação a Deus mais também ao próximo.
Assim nos ensinou Jesus e nos explicou Kardec, e nós estamos orando direito? Fica a reflexão para o início do ano.