sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Viver é a Solução, Suicídio Não!



944. Tem o homem o direito de dispor da sua vida?
“Não; só a Deus assiste esse direito. O suicídio voluntário importa numa transgressão desta lei.”1

Sendo a vida uma concessão de Deus, homem nenhum possui o direito de dispor dela, pois somente a Deus cabe determinar quando a vida na Terra de cada um deve terminar. Aquele que opta pelo suicídio está transgredindo a Lei de Deus e para sua primeira decepção não encontra o fim do seu sofrimento, mas pior, os sofrimentos continuam e ainda mais fortes, pois as sensações que o espírito desencarnado sente são ainda mais fortes que quando estava no corpo físico. Só esta decepção já seria suficiente para fazer qualquer desistir da idéia de suicídio, pois o mais comum é que as pessoas pensem erradamente que o suicídio será a solução dos problemas, a fuga que resolverá tudo e não resolve nada, só faz agravar os problemas. Outro fator que deve fazer refletir aquele que alimenta essa feliz idéia é o fato de que o suicida passa, muitas vezes, a reviver no mundo dos espíritos a cena da própria morte ininterruptamente pelo tempo em que ainda teria de vida na Terra, assim alguém que ainda viveria 40 anos poderá passar 40 anos revendo sem parar a cena da morte que impôs a si mesmo. Podemos ainda relatar o fato, comum em espíritos suicidas, que é de assistirem e sentirem a decomposição do próprio corpo devido à ligação com o corpo que não se faz instantaneamente devido ao tempo que ainda teria que viver2.
Aqueles que por acaso incentivaram ou foram coniventes e omissos com o suicídio de alguém também possuem responsabilidade e muito grande, responderão perante as Leis Divinas como homicidas3. Um tipo de suicídio pouco comentado, e mais grave que aquele que tira a própria vida num momento de desespero, é o “suicídio moral”4 praticado por aquele que tem uma vida cheia de vícios que apressarão sua morte como o cigarro, a bebida, as drogas ilícitas em geral e outros, pois aquele que se mata num momento de desespero muitas vezes não pode pensar direito, mas o que se mata aos poucos teve todo tempo do mundo para refletir e mudar e por isso sua responsabilidade é maior.
Deus sendo infinitamente justo julgará cada caso de acordo com as circunstâncias e por isso levará em conta os atenuantes e os agravantes, mas o suicídio será sempre uma transgressão à Sua Lei e por isso passível de reparação. Embora saibamos que Deus sempre deixa uma porta aberta ao arrependimento e à reparação essa será também dolorosa de modo que o espírito aprenda a valorizar a vida que não deu valor, como conseqüência disso renascerá muitas vezes com o corpo lesionado na área que atingiu para se matar, desse modo poderá nascer anencéfalo caso tenha se matado com um tiro na cabeça, com deficiência mental e física caso tenha se atirado de algum lugar alto e assim por diante. Necessário ver que esse nascimento não é um castigo, mas uma reparação dada pela Misericórdia de Deus para que possam reparar seus corpos espirituais e aprenderem o valor da vida.
Para a família e os amigos de alguém que optou pelo suicídio, ainda existe consolo, a Doutrina Espírita nos ensina que eles ainda voltarão a viver, repararão suas faltas e poderão evoluir como todos nós e nós poderemos ajudá-los. A prece também é importante meio de auxílio, pois alivia seus sofrimentos e pode ajudá-los a se arrependerem o que já é um começo para a reparação. Deus olha sempre por Seus filhos e em especial pelos que estão longe Dele e por isso sempre deixa aberta uma oportunidade para a reparação.
Meus amigos espero que essa humilde contribuição possa ajudar a alguém que esteja alimentando essa infeliz idéia de se suicidar, pois caso esse texto ajude a esclarecer uma pessoa que seja já terá cumprido seu papel. Que Deus nos abençoe sempre, ilumine nossos caminhos e nos ajude a compreendermos o verdadeiro valor da vida.

Referências:
1. Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos. FEB, 2004. Q.944. (Disponível no link: http://www.febnet.org.br/ba/file/Obras%20B%C3%A1sicas/le.pdf)
2. _____. _____. Q.957 (Comentários).
3. _____. _____. Q.946a.
4. _____. _____. Q.952.


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quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Divaldo Franco vem a Fortaleza no Mês de Junho



Está confirmada a vinda do querido confrade Divaldo Franco à Fortaleza no mês de junho para uma palestra pública e um seminário. Confira.
Dias 18 e 19 de junho de 2011, o orador e conferencista internacional Divaldo Pereira Franco estará em Fortaleza, por solicitação da FEEC, para uma palestra pública e um seminário. O tema inicialmente será sobre o mundo em transição, mas será confirmado em breve, assim como os horários, valor do investimento e local de realização do evento. Programe-se!
Maiores informações: (85) 3212.4268

Fonte: http://www.feec.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=666:confirmadissimo-divaldo-franco-estara-em-fortaleza-em-junho&catid=13&Itemid=86

domingo, 2 de janeiro de 2011

Eutanásia Nunca!




Quando uma pessoa vê diante de si uma morte inevitável e terrível, é ela culpada por abreviar de alguns instantes seus sofrimentos por uma morte voluntária?
- Sempre se é culpado por não esperar o termo fixado por Deus. Aliás, se está bem certo e que esse termo tenha chegado, apesar das aparências, e que não se pode receber um socorro inesperado no último momento?”. (1)


           Conforme podemos observar nesta questão de O Livro dos Espíritos, os espíritos foram taxativamente contra a prática da eutanásia por ser ela considerada uma rebeldia contra Deus e contra as situações que temos necessidade de vivenciar.
Desde Moisés através dos Dez Mandamentos está explicitamente declarado que não se deve matar, então com que direito pode o ser humano se achar no direito de abreviar a sua vida ou a de outro? A eutanásia praticada com a concordância do paciente é na verdade um suicídio assistido, assim como a eutanásia realizada sem o consentimento do paciente é um assassinato.
Kardec, o “bom senso encarnado” segundo Camille Flammarion, não se deu por satisfeito com resposta à questão 953 de O Livro dos Espíritos e foi mais além perguntando, na questão 953a , se a eutanásia seria lícita em caso de morte certa recebendo dos espíritos a seguinte resposta: “É sempre uma falta de resignação e de submissão ao Criador”(2).
Sendo Deus perfeito em todas as suas qualidades, incluindo , obviamente, a Justiça e o Amor, sabemos que nossos sofrimentos derivam dessa Lei de Justiça e que são conseqüências das escolhas erradas que fizemos nessa ou numa vida anterior, o sofrimento é um dos meios que Deus colocou para nos alertar quanto as conseqüências de nossos abusos e se tivemos a coragem de infringir as Leis Divinas, por que nos sentiríamos no direito de fugir às  suas conseqüências?
Assim o posicionamento a Doutrina Espírita é sempre em favor da vida, levando o esclarecimento sobre nossas ações e suas conseqüências e nos mostrando a justiça que determina os acontecimentos pelos quais temos que passar e saibamos que quando estes acontecimentos nos trazem o sofrimento não é por punição, mas por amor. Desse modo meus amigos jamais pensem na eutanásia como solução, eutanásia nunca!
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Referências:
1. Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos. ed. 5. Boa Nova, 2007. Q.953.
2. _____. _____. Q. 953a.